terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Poesia: Olhos Negros

(Inspirado em Maiane Ribeiro)

Amados olhos teus
Brilhantes adorados
Hoje fitam os meus
Cintilantes ignorados

Olhos negros penetrantes
Sentindo fortes olhares 
Olhos noturnos vagantes 
Navegam em outros mares.

Num turbilhão de sensações
Olhos negros são queixumes
Forte pulsar de emoções.
Olhos negros de ciúmes.

Diamantes faiscantes 
A me conquistar 
Lânguidos provocantes
A me desorientar.

Olhar miragem, devaneios
Força mágica intensa
Dominante por todos os meios
Minha fé, minha crença

Vejo na íris refletidos
Olhos inspirando amores
Aguçando meus sentidos
Negros, passionais, sedutores

Luiz Antonio Fascio

domingo, 23 de dezembro de 2012

Poesia: Chegou Miguelzinho


(Inspirado em meu irmão Miguel Fascio)


Hoje chegou Miguelzinho
Homem bom e de valor
Chegou cedo, o irmãozinho
Trouxe amizade e bom humor

Trouxe amizade e bom humor
Meu irmão, meu companheiro
Bem falante ele é ligeiro
Ele é filho de xangô

Ele é filho de Xangô
Um cavalheiro medieval
Apó-afonjá, afoxé nagô
Um arauto do Carnaval

Um arauto do Carnaval
Ao negro deu alforria
Benfeitor, deu moradia
Na senzala colonial

Na senzala colonial, se ouvia!
Foi um homem de muita fé
Ele nasceu, lá na Bahia
No sertão de Jequié

No sertão de Jequié
Sua fala era lei
Fosse briga fosse festa, era o rei!
Cantava a negra do acarajé.

Luiz Antônio Fascio
Rio de Janeiro, 10/11/73

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Poesia: Corda de Caroá

Caroá, flor da caatinga

A corda de caroá
Cordão...
Corda de amarrar
Novilha no chão
Do norte.
Lá, do meu sertão.
No rodeio de brinde e sorte
Em campo agreste, fervendo
Em tenda de acampar, chovendo
Corda de amarrar
Só corda de caroá
Com nó bem apertado
Não sai, nada desamarrado,
Não sai.

Não leva  a sua dor.
Nem traz o seu amor.
Mas a coda de caroá
Tudo que amarrar
Faz ficar, faz ficar
Tudo que amarrar.

Luiz Antonio Fascio

domingo, 16 de dezembro de 2012

Poesia: De Bar em Bar

(Inspirado nas festas e bares do Rio de Janeiro)

Vamos seguir nosso caminho
Temos muito que contar
De tristezas, amor e carinho
Nesses versos vou cantar

As paixões nas noites desfeitas
Deixaram-me quedo, sem poder falar
A mágoas de solidão feitas
Levaram-me de bar em bar

De amor eu fiz sofrer
Com amor fiz alegrar
Risos, risos, fiz querer
Seduzindo de bar em bar.

Discursos e comilanças colossais
Findavam ao sol raiar, de mar em mar.
Em festins de jubilosos canibais
Nas noitadas quentes, de bar em bar.

Em noites de cheia lua
Mandingas do lado de lá
Amante, amada, mulher nua
Nascendo, morrendo de bar em bar.

Luiz Antonio Fascio
Rio de Janeiro, 1967

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Poesia: Espera Amiga

 
(Inspirada na primeira namorada Solange)

Sempre a espera amiga
Da ausência, da saudade
Minha inimiga!
Espera da amizade
Companheira.
Pela vida inteira
Da mulher primeira
Primeira namorada
Que se foi, na distância.
De todas, a mais amada.
Carinho de criança
Da mulher compensação.
Espera da primavera
Da mulher, devoção
Mulher criação.
Compreensão de mulher.
Que se foi, na alegria
Das noites e dos dias
Feitos com amor e fantasias
Mulher amante, agora distante
Presa em flagrante
Por um amor eterno.


Luiz Antonio Fascio

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Poesia: Amélia



Ela vem chegando
E vem toda sensual
Que maravilha monumental
Chegando exibindo seu corpo
A me fitar
Pele nua desliza mulher
A me enamorar
Meu querer bem me quer
A me conquistar
Uma for bromélia
Uma pop star
Amélia, Amélia, Amélia
Com o seus desejos
Inebriantes beijos
A me revelar
Uma princesa muçulmana
Me leva a atingir
O nirvana
Seus aconchegantes seios
Eriçados, só eu seios
O início, o fim e o meio
Sereno, ameno enleio
Maravilhar...

Luiz Antonio Fascio