terça-feira, 23 de julho de 2013

Poesia: Minhas Filhas


Minhas filhas
Meu abraço
Minhas trilhas
Meu cansaço
Minhas ilhas
Mar de sargaço
Caminhos de milhas
Triste traço
Distantes filhas
Silêncio crasso
Com saudades
Versos faço
Jogo de bilhas
Peito de quilhas
Amargo aço
Minhas filhas
Distante filhas
Silêncio crasso.

Luiz Antonio Fascio
Jequié, 25/10/87

sábado, 13 de julho de 2013

Poesia: Andréa Nivea



Nasceste linda
Tão formosa
Pequena
Já mimosa.
Seus longos cabelos
São os meus zelos
Andréa Nivea
Mimada.
Por todos a mais
Amada.
Feliz eu sou
Por ser quem sou
Da Andréa pai.
Ela se vai
A brincar.
Os seus três anos
Não causam danos
Nem demais preocupam
Eles só se ocupam
A mim.
Dos seus gracejos
Sobram os beijos
Pra mim.

Luiz Antonio Fascio
Rio de Janeiro, 1969

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Poesia: Verônica



Vejo todo dia
Um olhar de poesia
Verônica, Verônica
Veio de mansinho
Trazendo só carinho
Pra conquistar.

Com um porte de miss
Verônica é só meiguice
Lutando para amar
Tentando encontrar alguém
Que a compreenderá...

Verônica, Verônica
Um dia me falou
Do azul do seu olhar
Do bem amado seu
Do que se arrependeu
Do bom enamorar...

Verônica, Verônica
Falou só pra contar
Dos dias tristes das brigas
Pra desabafar, pra aconselhar
Das discórdias das intrigas
Poesia no olhar...

Do que a entristeceu
Só eu sei pra cantar
Do olhar azul cristalino
Magnetizante e divino
Mágoas a enfeitiçar.
Verônica, Verônica
Poesia no olhar...

Luiz Antonio Fascio

domingo, 7 de julho de 2013

Poesia: Estrela Guia



Tenho uma estrela
Que me guia
Quando estou só
Quando nos meus lamentos
E ais.
Sempre aparece
Para momentos de paz.
A divina estrela amada
Minha enamorada.
Estrela guia
Dos dias sem alegrias
Das noites enluaradas.
Estrela cadente
No meu céu.
Brilha ardente.
Sempre nua, sorridente
Como um legado, um presente
Alegra minha nostalgia
Estrela, estrela, vadia
Aflora minha simpatia 
Sim!
Eu tenho uma estrela.
Minha fantasia
Meu xodó
Que me guia
Quando estou só.

Luiz Antonio Fascio

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Poesia: Prenda Minha


Em homenagem à minha sobrinha Lívia Mendes

Filha, irmã, sobrinha, prestativa
Chegaste florindo a vida
Como uma Lady, uma Diva
Sensualidade e beleza
Pele macia de marfim
Cabelos lindos de princesa
Ganhei uma prenda só pra mim
Sensibilidade radical
Acima do bem e do mal
Menina-moça, alegria natural
Debutante, adolescente liberal
Saltitante, faceira virtual
Doce meiguice, magia, sedução.
Dançarina, chamamento, vocação
Estudante, boa aluna invejada
Lívia criança, desejo, emoção
Lívia esperança, mulher fascinação

Luiz Antonio Fascio
18/03/1998

domingo, 26 de maio de 2013

Poesia: Jaciara


(Em homenagem a amiga, Jaciara Ferreira)

A rainha das águas
Mãe dos rios e igarapés
Senhora dona das marés
Altar da lua, enluará
Sincretismo idolatrado
Sacrifício encantado
Apó-afonjá.
É fogo ao sol poente
Faz perpetuar na gente
Canção de amor dolente.
Jaciara, Jaciara
Um redemoinho de emoções
Seara aberta de visões
De palco, teatro e recordãções.
Jaciara, Jaciara
Altar da lua, enluará
Irmã sol, irmã lua
Suave, branca e nua
Iemanjá!
Enamorada da cultura
Estudiosa criatura
Vai colhendo informações
No perfil das ilusões
Com uma força indomável
Lutadora incansável
Emergente de paixões

Luiz Antonio Fascio
Jequié, 09/07/2002

terça-feira, 21 de maio de 2013

Poesia: Débora


(Inspirado na estudante de Quimica, Débora)
 
Ela é quimicamente perfeita.
Minha ciência, minha seita
Débora estudante, jovial
Vem saltitando sinuosa cigana
Me domina princesa profana.
Ela vem chegando sensual.
Teus olhos nos meus a me fitar
Musa aconchegante, salutar.
Uma fórmula de mulher sensação
Ginga teu corpo como um vulcão
A rodopiar na dança espetacular
Substância do amor estrutural
De transformação imaginacional.
Fisiológica, química insdustrial
Alquimia de desejos e sensações
Fonte de pesquisa, inspirações
Categoria de colega atuante
Causadora de fortes emoções
Organicamente estimulante
Débora, Débora, vibrações!

Luiz Antonio Fascio
Jequié

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Poesia: Protesto Medieval



Cantem louvores medievais
Em épuras espaciais.
Figuras distorcidas.
Critiquem, anarquistas
Ante-tabus, tradicionais.
Lutas fratricidas
Algures Marxistas.
Vivas, Che contra capitais.
Sementeiem grão por grão
E colham nada por nada.
Reformulem modelos siderais
Espaciais.
Lunáticos estilistas.
Direitistas, trabalhistas
Cheiro de guerra no ar.
Guerrilheiro, companheiro.
Todos amantes
Em tons vibrantes.
Cantem louvores medievais
Em épuras espaciais.


Luiz Antonio Fascio
Rio de Janeiro, 1962

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Poesia: Flor Morena


(Em homenagem a Samir)

Anjo, menina e mulher
Tão macia e serena
Sabendo bem o que quer
É minha flor morena

De pétala aveludada
Minha cabocla açucena
Doce mulher apaixonada
De graça tão plena

Aos poucos vai vibrando
Com o porte angelical
Aos mimos se entregando
Com graça sensual

Esguia flor apetitosa
Sabe pedir com afeição
Carismática e dengosa
Nos momentos de decisão

Magrelinha encantada
Bem amada e charmosa
De ternura emanada
Doce mulher formosa

Às vezes, feliz,
Por vezes, cismada
Sabendo o que diz
Tão tenra e mimada

Provocando devaneios
Perfumada verbena
De muitos anseios
Única flor morena.

Luiz Antonio Fascio

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Poesia: Clarice


Clarice chegou da Bahia
Para me conhecer
Cheia de dengue e magia
Alegrou o meu viver
Clarice chegou tão pura
Rosto liso, pele escura
Tão mimosa no falar
Clarice veio, para agradar.

Dentes brancos, riso franco
Sabendo o que quer
Clarice minha alegria
Queimada do sol da Bahia
Com gosto de mar
Quando te vi Clarice
Com tanta meiguice
Rezei ao Senhor do Bomfim
Pra ela ficar pra mim
E pra Bahia, jamais voltar.

Luiz Antonio Fascio

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Poesia: Carla Sensacional




Ela vem toda linda
Moldura monumental
De blusa esvoaçante
De pele deslumbrante
Escultural!

Aconchegantes teus apelos
De gestos esfuziantes
Macios e sedosos pelos
Enlouquecem hoje, como antes

Doce mulher serena
De bronze queimada de sal
Beleza de gata plena
Fenomenal!

Semblante de pureza
Cheia de amor e perdão
Boa fragrância com certeza
Mulher sensual, uma afeição

Carla é brasa acesa
Enfeite de cristal
Confiança e esperteza
Moldura monumental.

Carla, Carla, Carla
Sensacional!...


Luiz Antonio Fascio




quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Poesia: Sentinelas Avançadas



Jovens a serviço do povo, armados
Braçadeira, um escudo, delegados
Sentinelas avançadas!
Em marchas forçadas
Das lutas urbanas
Nas cidades americanas
O punho fechado
O peito calado
Liberdade que surge
Melhores condições, urge!
Por conta própria, a revolta!
Liberdade em volta
Sentinelas avançadas
Em marchas forçadas
Das lutas urbanas
Das frentes treinadas
Nas cidades americanas
Justicialistas, peronistas
Trotskistas...
E outras forças que tais
Os povos submissos
Libertais, libertais!

Luiz Antonio Fascio
Rio de Janeiro, 28/06/1973

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Poesia: Varandando


Chuva foi
Chuva vem
Sem vintém
Tem não tem
No balanço
Ouço e canto
Embalo manso
Varandando
Olho e canso
Manga larga
É meu boi
Rio acima
Lá se foi
Minha rima
Vira tema
Vira lema.
Viração
Ventania
Curtição
Serrania
Serração
Serra brava
Serra a serra
Sem a trava
Do serrote
Meu garrote
Ara a terra
Minha luta
Minha guerra.
Balançando
Em meu abrigo
De ceifada
Olho o trigo
Com a foice
Ele foi-se
Ceifa o eito
Dorme em leito
Varandando
Em parapeito
Da varanda
Chuva foi
Chuva vem
Sem vintém
Tem não tem
No balanço
Ouço o canto
Embalo manso

Luiz Antonio Fascio
Rio de Janeiro 08.04.1973

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Poesia: Despedida

(Inspirado em Sulenize)

Leva amor! Leva!
A saudade amiga
Da vida como inimiga
Leva a tristeza 
Que enfeia a beleza
Leva amor!
Leva contigo as verdades ruins
O sofrer e os teus quindins
Vai embora amor
Deixa eu querer, sozinho
Deixa a fossa
E o meu pinho
Deixa a mágoa, só nossa
E a conquista da bossa.

Leva amor! Leva.
O meu último beijo
Meu último desejo
De enroscar em ti
Leva amor! Leva.
Os meus ais
Meus pecados capitais
De noites imortais
Leva amor! Leva.
Meus momentos alegres
Do depois.
Os bons momentos greves
De nós dois.
Leva amor! Leva.

Luiz Antonio Fascio