terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Poesia: Varandando


Chuva foi
Chuva vem
Sem vintém
Tem não tem
No balanço
Ouço e canto
Embalo manso
Varandando
Olho e canso
Manga larga
É meu boi
Rio acima
Lá se foi
Minha rima
Vira tema
Vira lema.
Viração
Ventania
Curtição
Serrania
Serração
Serra brava
Serra a serra
Sem a trava
Do serrote
Meu garrote
Ara a terra
Minha luta
Minha guerra.
Balançando
Em meu abrigo
De ceifada
Olho o trigo
Com a foice
Ele foi-se
Ceifa o eito
Dorme em leito
Varandando
Em parapeito
Da varanda
Chuva foi
Chuva vem
Sem vintém
Tem não tem
No balanço
Ouço o canto
Embalo manso

Luiz Antonio Fascio
Rio de Janeiro 08.04.1973

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