terça-feira, 14 de agosto de 2012

Poesia: Grito de Alerta




O inimigo na mata se infesta
A espreita matando a floresta
Queimadas, em nossas esperanças
Chamuscadas, plantas serão lembranças.
Cortando vidas...
Assassinando árvores nossas
Acabando com as roças.
Serra, serra, roxo-ipê
Faz louro, baraúna gemer
Mogno, pinheiro, ingá
Peroba do campo, Jacarandá
A mangueira, a figueira
A cascata, a cachoeira
Sem eira nem beira.
Que esse grito de alerta
Chegue na hora certa
Aos campos férteis de trigais
Aos lírios, vales e matagais.
Correm perigo de vida!
Cafezais, manguezais e canaviais.
Escutem a música cristalina
Dos rios, riachos, ribeirões
Dádiva divina!
Ou chorem lágrimas nos sertões.
É chegado em tempo o meu brado
O meu canto ecoado
Contra os assassinos, bandidos e vendilhões.
Jamais irão transformar
Um paraíso em deserto
Escutem o que é certo!
Parem!
O desequilíbrio é eminente
Não tornem o planeta doente
Seja, mais um sensato
Preserve, a água de beber
Respeite, o bicho do mato
Deixe, a floresta crescer!




Luiz Antônio Fascio
Jequié, 28/06/2002

Um comentário: