domingo, 23 de setembro de 2012

Poesia: Gravitacional

(Inspirado no filme 2001 - Uma Odisseia no Espaço)

Flutuando no espaço sideral
Flutuando sem cordão umbilical
Nave de aço incandescente
Entra na atmosfera quente
Do planeta Marte, girando, girando
Listras de fogo, passando, passando
Girando a nave sem encarte.
Labaredas brilhantes, entrando, entrando
Nas retinas em espasmos, gravitacional!
No sub-id desperta, transcendental
Estados de greve, transformacional.
Explosões, gravitações, meteoros
Compressões, sem respiração nos poros.
Erupções de sons, em tons, atonais
Fragmentações de lavas, lava, levitacionais.
Zunindo, zumbindo, látego fluorescente
Desce lépido, ziguezagueando, esfriando, esfriando
Chegando sem sentido latente
Sentindo transformações tais
Em pedaços de micros meteoritos
E nada mais.


Luiz Antonio Fascio
Rio de Janeiro, 30/03/1973

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