quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Poesia: O Boiadeiro


Do lado de lá
Do mundo distante
Vocês vão saber
Da vida errante
Do boiadeiro do norte
Um cabra de pouca sorte.
Um violeiro, bom de corte
De corte, a faca e facão.
Boiadeiro e brigador.
Com boi, peste ou ladrão.
Sem nunca temer a dor
No chão, duro do norte
No aboio de grito forte
Curtido de couro e gibão.
Lá vai pelo sertão
De sol tudo fervendo
O boiadeiro, canta gemendo
Canção de amor dolente
De peão aboiador
Montado em corcel valente
Manga-larga marchador.
Ponteiro desde menino
Boiadeiro sem destino
Homem bom e de valor.



Luiz Antonio Fascio

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